Bem Vindo

Olá! Bem-Vindo ao blog com sentimentos, pensamentos e emoções, aqui irás encontrar um pouco de nós, uma vez que...

"Um dia decidi que queria mostrar-te o que sinto... com o tempo percebi que, o mais importante na comunicação é quando também me disponho a ler o que sentes. Fica à vontade para partilhar comigo, espero-te ansiosamente" Carlos Silva*


quinta-feira, fevereiro 04, 2016

Começar do Zero.

Hoje queria esvaziar as sensações que me provocas.
Hoje gostava de poder libertar-me das emoções frágeis que sinto por ti.
Hoje.. talvez seja a escolha mais acertada sentir que sou eu que sou frágil e não as minhas emoções.
Assim, contudo... me sinto um zero.
Um zero.

Zero é algo que não contém.
Não conter é como se houve espaço para se sentir a ausência.
A ausência que deixaste quando partiste. Quando parti.
A ausência que me deixaste quando percebi que já não pertencia a ti.
É um também um vazio de presença de mim mesmo.

Deixei de existir para mim.
Deixei de existir para os outros que me acompanham agora.
Ausentei-me porque simplesmente estou onde não quero estar.
E o meu corpo fiel, capaz, sóbrio, e frio de ausência de amor,
Se encontra num outro lugar.

Está certo que carrego em mim a certeza que é preciso mudar.
Está certo e tenho a certeza de todo o mundo, que não é isto que é bom para mim.
Tenho toda a certeza que está na hora de te esvaziar de mim.
Que o lugar onde estás se deveria desprender-me.
Deixar-me regressar ao meu corpo, frio, sóbrio, capaz, fiel.
Que está onde sempre deveria estar.

Mas nem todas as certezas, são certezas do meu sentir.
Quando sinto, não consigo ter certezas.
E quando tenho certezas, tenho também dificuldade em sentir.

Por isso, e por o corpo me pedir, um vez por todas,
Que já é tempo de regressar.
Talvez possa esvaziar-me um pouco de ti.
E para criar um vazio no lugar onde estou.
Para voltar ao lugar de onde nunca deveria ter saído.

Onde estou agora.
Onde sinto agora.
O zero também é bom.
É um esvaziar das sensações.
Um novo espaço para me sentir novamente.
Um sentir que é diferente e que dá espaço para o sentir por outro alguém.

O Zero é algo que não contém.
Porque o que contém agora o Zero.
Tem agora espaço para escolher de novo sentir.

04/02/2016

quinta-feira, março 20, 2014

Carência

Numa noite de estrelas cadentes identifico-me como uma estrela carente!

Carente de paixão, amor ou mesmo qualquer carinho de alguém próximo.
Carência… És tu que te apoderas de mim e me transformas num ser frágil. Ausente de mim e de todas as forças que pensei possuir…
Julguei me mais resistente. Julguei que era capaz de aguentar a solidão.

Frágil como uma pena largada numa qualquer onda, que se perdeu inconscientemente da sua raiz e que tomou a força da maré como sua ilusão.

Perdido de mim e de toda aquela impureza amorosa que existia na minha cabeça e que me fez desistir de alguém, talvez acreditar que estaria melhor, sem magoar ninguém pela minha falta de tempo…

Preciso. Necessito. Talvez mesmo urgentemente.
Que me matem esta ausência infinita de alguém!

p.s - (que me faça deixar todos os meus receios para trás, de entregar-me a alguém de corpo mas também de alma!)
Lágrima Doce*

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Restaurado...

Mudei apenas de casa...

Hoje sinto-me restaurado.
Depois de um bom banho e de uma auto-massagem, só me apetece deitar, para me preparar para mais uma semana de muito trabalho…
 
A verdade… e que queria que fosse o meu coração a se sentir como novo.
Não sei o que deva sentir em relação ao momento.
Sinto-o magoado. Amassado.
Sinto-o em pequenos pedaços que foram colados com uma cola manhosa e barata, comprada numa dessas lojas dos chineses… como se de especial ele nada tivesse.
Sinto que é assim que o tratas.
Como se fosse uma urgência para ti tentares ver-me bem, uma urgência sem importância, apenas para não teres trabalho com ele… não teres de gastar tempo em fazer-me sentir restaurado de todas as quedas que já teve, contigo.
 
Sempre tentei não mostrar que algumas amizades, pertencentes às pessoas por quem me apaixono, me fazem sentir mal, algumas amizades mais íntimas que temos, onde há uma maior proximidade afectiva. Talvez, porque sei que devemos ter essas amizades para nos fortalecer em certos momentos mais desagradáveis que nos aparecem. Talvez porque sei que existe, pela minha parte, um pouco de ciúme, sem maldade, apenas pelo facto de ter medo de perder a pessoa. E assim, tento convencer-me a mim próprio que ali só existe amizade.
Algumas amizades que também tenho e que tento preservar.
A verdade… é que maior parte das vezes há uma carência, uma falta de atenção que se busca nessas amizades. Onde provavelmente, e por certos momentos, senti-mos que há uma maior cumplicidade com essa pessoa do que com a pessoa com quem estamos.
 

Fazes-me sentir medos que julgava estarem adormecidos. Medos de falhas anteriores, onde julgava, que seguia o caminho certo para a felicidade de alguém que me pertencia, mas que me levaram a ser posto de parte.
Maturidade… é saber separar essas amizades daquilo que sentes por mim… e que não estás a conseguir fazê-lo!
 
Magoa… e acaba por ser como um isqueiro aceso (por baixo das colagens que fizeste), que aquece e derrete essa cola manhosa e barata.
E me deixa novamente o coração, perdido em pedaços.

Lágrima Doce*