Como Me Sinto Agora...

Gostava de perceber o que é que estou a sentir agora... não consigo decifrar o que me vai na alma, o que me vai no coração. Sinto-me tão só, parece que tudo à minha volta é tão banal... não consigo sair deste labirinto. Precisava de encontrar uma saída, precisava de encontrar pessoas novas e de conhecer algu diferente, ou que, pelo menos, as que conheço me mostrassem que a vida tem tantas coisas por descobrir...

Agora tou em época de exames da faculdade e tornasse tão dificil sair desta caixa fechada, de me divertir. Os meus amigos da zona estão todos em aulas ou tão ocupados com as suas faculdades e os meus colegas da turma são de outros lugares... fora daqui... sim poderiamos estudar juntos para os exames, mas cada um volta para a sua terrinha assim que as aulas ou os exames terminam...

Não sinto coerência entre as pessoas agora, depois de sair do meu mundo de criança deparei com esta realidade, cada um vive fechado nos seus problemas, nos seus mundos. E o pior de tudo isto, é que me falta aquilo que nos dá prazer e que nos faz levantar de manhã bem dispostos, aquilo que nos motiva para mas um dia, que nos alimenta a esperança que este mundo se pode tornar melhor... Falta-me sentir apaixonado!

Sinto-me atraído por algumas pessoas amigas, mas talvez isso se derive ao facto de estar sozinho há algum tempo. Por vezes, sinto que me estou a apaixonar, normalmente quando saiu com uma amiga muito especial que tenho, mas ela tem namorado e então meto na minha linda cabecinha que não tenho o direito de me intrometer. Ela é uma excelente pessoa, acho que é a melhor pessoa a nível interior que conheço e, por isso mesmo, tenho tanto medo de a perder se exprimir os sentimentos que me invadem cada vez que estou com ela e quando ela se vai embora... mas sinto que faço bem, ela gosta do outro rapaz mesmo que, às vezes, pareça, no olhar dela, que há ali qualquer coisinha, qualquer encanto por mim... ou será só mesmo na minha cabeça que isso existe, talvez porque tenho a esperança de um dia me encontrar no seu ombro e dar-lhe tudo aquilo que uma mulher merece. Outras vezes sinto algo por uma rapariga da minha faculdade, com quem eu já partilhei algo mais que amizade, no passado (onde me referi no texto anterior na parte em que tinha ferido corações que até gostavam mesmo de mim), mas tenho medo que seja só pelo facto de saber que ela ainda é capaz de sentir algo por mim, e por me dar tanta atenção, atenção essa que sinto falta que alguém me dê... mas logo a seguir tudo passa quando me encontro perdido outar vez no meu mundo e deixo de tar com as pessoas.

Não sei... quando tudo terminou com a pessoa que me prenchia os dias, parecia que não conseguia viver sem ela, que não conseguia viver sem ter alguém ao pé de mim, para me acompanhar cada momento, mas agora... parece que me habituei a estar sozinho, sinto que a solidão tomou conta de mim. Quando estou com o pessoal, com os meus amigos, tento não transmitir essa solidão, mostro-me alguém feliz com a vida, semprer bem disposto, mas depois quando se vão, sinto-a dentro de mim, bem lá dentro. Sinto-me um mendigo que aparenta ser um rei. A solidão é algo muito forte que nos agarra e não nos deixa sair... não nos deixa sair dessas mágoas, dessas tristezas e de toda a dor e sofrimento pelos quais passamos cada momento... cada momento que pensamos que perdemos alguém muito querido, que pensamos que não temos ninguém que nos faça florescer de novo e nos faça ver que tudo o que foi passado não deixa de ser isso mesmo, não deixa de ser passado, passou! E que temos um presente para viver! E porque será que se chama presente ao preciso momento que vivemos? É por isso mesmo, por ser um presente, uma dádiva que temos de aproveitar...

Mas isto é só a parte teórica de uma vida... falta transformar isto em realidade, falta a presença de alguém que me mostre que tudo isto se pode tornar a verdade do dia a dia...