Em tempos, cantei-te uma música ao ouvido..."Olha! Eu vou lhe mostrar, como é belo esse mundo, já que nunca deixaram o seu coração mandar. Eu lhe ensino a ver, todo o encanto e beleza, que há na natureza num tapete a voar.
Um mundo ideal, é um privilégio ver daqui, ninguém para nos dizer, o que fazer, até parece um sonho! Um mundo que eu nunca vi, e agora posso ver e lhe dizer, que estou no mundo novo com você! Uma incrivel visão, neste voo tão lindo, vou planando e subindo para o imenso azul do céu.
Um mundo ideal, feito só para você, nunca senti tanta emoção, mas como é bom voar, viver sonhar, que eu nunca mais vou desejar (sair). Brincar com tão linda surpresa, tanta coisa empulgante! Aqui é bom viver, só tem prazer, com você não saiu mais daqui!
Um mundo ideal, quem alguém nos deu, feito para nós, somente nós, só seu e meu..."
Eu era uma criança e ainda sonhava com o amor...
Era como se fosses a minha princesa Jasmin e eu o teu rebelde Aladin...
Antes de me dares asas e de me mostrares o teu mundo material, eu levei-te a conhecer o mundo do amor no meu tapete mágico...
Mostrei-te cada promenor do pôr do sol... Levei-te a ver prantos verdes alaranjados com seres selvagens. Voamos sobre um lago gigante, iluminados pela luz da lua cheia refletida na água. Adormecemos juntos numa cabana que construi como se fosse um castelo encantado, banhados pela luz das estrelas... Até que te acordei com carinho para veres comigo o amanhecer! O sol nasceu por cima de toda aquela imensidão de água à volta da nossa ilha... Mostrei-te as belezas mais raras do mundo, nadamos sobre corais, e dançamos com golfinhos...
Quis levar-te a conhecer o mundo ideal que está escondido atrás deste mundo potrificado...
Um mundo que iria ser só nosso, um mundo perfeito como aquilo que sentia por ti.
Mas no final da viagem pediste-me que largasse o tapete mágico, pois para entrar no teu mundo teria de receber as tuas asas para voar agarrado a ti. Assim o fiz e acabei por perder não só o tapete mágico para sempre... como também perdi todo o encanto que tinha no amor! Assim que te desfizeste de mim e levaste as asas...
Deste-me asas, fizeste me voar...
E quando ia la bem alto, levaste-as de volta para dares a um outro alguém.
Deixaste-me e nem sequer viste que estava em plena queda livre...
Nem um simples elástico para que, pudesse fazer bodyjumping, deixaste, para assim que caísse cá no fundo pudesse vir ao de cima!
Aos poucos descobri amigos... e de novo me vão crescendo asas.
Vou conseguindo sair deste chão em que me esbarrei!
Aos poucos eles ensinam-me de novo qual é a boa sensação de voar, mas tenho voado apenas rente ao chão!
Tenho medo de cair novamente.
Tenho medo que essas asas sejam fracas demasiado para aguentarem uma longa viagem...
Tenho medo de me aventurar e que alguém quebre as asas que estou a construir aos poucos.
Mas ao mesmo tempo preciso que as tornem mais fortes para que eu possa usufruir da vista e perceba que a vida tem de ser levada para frente sem medo.
Não posso mais ter medo de voar alto, pois só lá em cima se vive intensamente!
Um ano depois de tudo ter terminado... quis apenas relembrar algo que na minha vida deixou algumas marcas... Apenas isso... Nada mais nos une a não ser amizade e recordações! Às vezes ainda procura a minha atenção, procura que eu me preocupe com ela mas tudo isso foi morrendo aos poucos, deixou de estar nos momentos em que precisei dela, e assim eu fui percebendo que havia outras pessoas presentes. A vida é ironica! E as pessoas que hoje estão presentes amanha podem já não estar... resta-nos guardar as recordações dos bons momentos que passamos com elas!
